On The Boulevard des Capucines

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sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Os 100 Melhores Filmes de Todos os Tempos

Sim! Finalmente! Chegou a hora! Agora é oficial!

Será iniciada hoje, aqui mesmo, a contagem regressiva mais aguardada dos últimos anos. O nariz de cera cheio de clichês anuncia: bem-vindo à Lista Mário Reys dos 100 Melhores Filmes de Todos os Tempos! Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Mas antes, algumas informações importantes. Primeiro, vale reler (ou ler) meu posting "Listas, Listas e Mais Listas", do dia 23 de junho de 2007. Lá estão muitas de minhas razões. Faltaram apenas as conclusões de fim de empreitada. Com tudo revisado e pronto para a publicação, percebi que é bem complicado fazer uma lista assim. Na verdade, é um trabalho do cão. E principalmente quando há a pretensão de transformar um simples rol de títulos em interesse pelo cinema - ou pelo menos de fomentá-lo (o interesse). A análise final é com vocês. Este é meu momento de vidraça.

Outros esclarecimentos pertinentes. Criei a regra de selecionar apenas um filme por cineasta. É fácil listar 100 produções colocando 10 do Hitchcock, 10 do Kurosawa, 10 do John Ford. Mas não. Há apenas o que considero o melhor de Hitchcock, o melhor de Kurosawa, o melhor de John Ford. Obviamente que só estão aqui os melhores, e entre os que conheço bem, muito bem. Quero dizer que minhas defesas estão articuladas. Venha, mas venha quente. :)

Eu também tentei deixar a lista atual, palatável a gostos modernos. Você verá novas cinematografias e vários expoentes. Para abrir espaço, certos grandes nomes ficaram de fora. Godard e Pasolini, por exemplo. Mais uma vez, quero destacar - e enaltecer - a arte do cinema, de 1895 a 2007. Uma outra tentativa foi, na maioria dos casos, de fugir do óbvio, de falar sobre filmes que não costumamos encontrar em nenhuma lista por aí. Apesar de isso ser só uma tentativa.

Para terminar... Está em ordem sim! O primeiro lugar é o (meu) melhor de todos. O julgamento, porém, é seu.

Vamos aos primeiros dez, começando pelo número 100.

Bom divertimento!

E não esqueça de deixar a sua crítica!


100.
"Plan 9 From Outer Space", de Edward Wood Jr.
(EUA, 1959)

Ed Wood foi eleito o pior diretor de todos os tempos. "Plan 9", o pior filme. É uma injustiça que gostaria de corrigir. Ed Wood amava o cinema como nós, como François Truffaut, mas sem o mesmo talento. Sua paixão é que o levou a abrir essa lista.

99.
"Onde os Fracos Não Têm Vez", de Joel e Ethan Coen
(EUA, 2007)

O mais recente vencedor do Oscar de Melhor Filme é também o melhor dos irmãos Coen, um exercício de estilo impecável, sem excessos. Cinema puro.

98.
"Os Fuzis", de Ruy Guerra
(Brasil/Argentina, 1964)

Pense em cinema brasileiro. Pense no Cinema Novo. Uma época em que o país teve sim relevância cultural internacional, e por obras como essa, de Ruy Guerra. Um filme de estética excepcional, mas que prima pela ética que estampa na tela.

97.
"Sob o Domínio do Medo", de Sam Peckinpah (EUA/Inglaterra, 1971)

A violência humana é tema recorrente do cinema. Quem entendeu a questão e soube lidar com ela como ninguém foi Sam Peckinpah. Diante de filmes como "Sob o Domínio do Medo", você é obrigado a encarar todo o horror da violência, quadro a quadro.

96.
"Arquitetura da Destruição", de Peter Cohen
(Suécia, 1989)

A violência humana sem ficção. Um documento histórico para a construção de um futuro sem intolerância, sem preconceitos. O cinema transcende a sala de exibição para ser uma ferramenta de mudanças socias e políticas.

95.
"A Encantadora de Baleias", de Niki Caro
(Nova Zelândia/Alemanha, 2002)

A alegoria de nossas vidas: a luta por reconhecimento, por querer fazer parte. A ilustração ganha outros contornos quando diretamente ligada à história de um país, como a Nova Zelândia, ainda jovem no cenário internacional.

94.
"Sweet Movie", de Dusan Makavejev
(Canadá/França/Alemanha, 1974)

Um libelo esquerdista, que mistura a doutrina comunista com as teorias de Wilhelm Reich. Uma produção para quebrar as couraças que oprimem nosso dia-a-dia, em nosso corpo e fora dele.

93.
"O Sol por Testemunha", de René Clément
(França/Itália, 1960)

Um grande filme de um cineasta considerado menor. A partir de um romance de Patricia Highsmith, o diretor atinge um padrão raro em suspense, sem apelos fáceis, traduzindo palavras com perfeição.

92.
"Os Intocáveis", de Brian De Palma
(EUA, 1987)

Minhas críticas ao cinema de Brian De Palma continuam inalteradas. Mas é inegável o belíssimo trabalho do diretor com uma história tipicamente americana. Eu voltarei ao tema em breve... Só adianto que "Os Intocáveis" escreve algumas linhas sobre a formação - e a consolidação - dos Estados Unidos como país.

91.
"O Salário do Medo", de Henri-Georges Clouzot
(França/Itália, 1953)

Nitroglicerina. Altamente instável. E a ganância? A exploração da miséria humana chega a limites cruéis, lindamente fotografados por Clouzot, o discípulo francês de Hitchcock.


Na semana que vem, mais da Lista Mário Reys dos 100 Melhores Filmes de Todos os Tempos, de 90 a 81. Até lá!


(Trilha Sonora: Carla Kihlstedt - 2 Foot Yard)

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

E Vamos ao Oscar!

E vamos sem cara feia! Nada de querer ser rabugento ou ranzinza. Há tempos a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não fazia uma premiação tão longe de quaisquer críticas negativas. Nos Estados Unidos, hoje, o Oscar reescreve sua marca como referência do que há de melhor no cinema americano, entregando as estatuetas a quem realmente merecia. Tudo óbvio, mas, outra vez, preciso.

Tudo começou já com as indicações, dividindo as nomeações entre os dois melhores filmes do ano (e talvez nem apenas na América): "Onde os Fracos Não Têm Vez" e "Sangue Negro". Você até pode questionar uma ou outra. Mas não vai passar de uma questão meramente subjetiva. Eu, por exemplo, acho que Aimee Mann deveria ter sido indicada ao Oscar de Melhor Canção, por "Arctic Tale", que Paul Dano deveria ter sido indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, por "Sangue Negro", filme que também merecia uma indicação para o Oscar de Melhor Trilha Sonora, para Jonny Greenwood, guitarrista do Radiohead. Mas reparem nos "deveria ter sido", nos "também merecia". Perfeito. Toda a discussão é saudável. O fato é que não houve erro.

Como comentei por aqui, estava torcendo para o Paul Thomas Anderson. Mas a vitória dos irmãos Joel e Ethan Coen é excepcional para o cinema. "Onde os Fracos Não Têm Vez" é um filme de diretor, com uma linha de história e linhas e mais linhas em branco para a criatividade. Não há malabarismos, não há barulho, não há estardalhaço. Não há nada que desvie os olhos dos espectadores do que realmente interessa: do cinema. Ou melhor, da arte do cinema, do arte do cinema puro.

Sobre o outro indicado... Eu continuo profundamente afetado por "Sangue Negro". Acredito até que ainda não consegui decifrar alguns momentos, que não entendi algumas das motivações e decisões de Paul Thomas Anderson, principalmente na parte final. Está em minha lista para uma nova visita. Mas a produção é, sim, e sem dúvida, um clássico moderno, que remete ao melhor do cinema americano, aos melhores diretores, de John Ford a Stanley Kubrick. E isso não é pouco. Merece atenção. Estamos diante de um filme único.

Minha única restrição fica mais uma vez para a transmissão brasileira. Até a Rede Globo largar o Big Brother (the horror, the horror...), acompanhei pela TNT, com Rubens Ewald Filho, um 'especialista' que deixa muito a desejar ao vivo. Muito. Quando mudei para a Rede Globo, nada de melhorias. Maria Beltrão - como uma criança mergulhada em um barril de melado - insistia em falar sobre o que não sabe. A atriz Marion Cotillard, de "Piaf", era uma das obviedades da noite. Sua interpretação foi aplaudida em todo o mundo. Ela foi premiada por todos os lugares por onde passou. Mas, para a Rede Globo, a obviedade virou surpresa.

Bem amigos, o pior ainda está por vir... Pior que isso é mesmo ouvir o canastrão José Wilker desfilar sua sabedoria de manual comentando as atuações de Daniel Day-Lewis e Javier Bardem. De um ator, esperamos mais do que a 'precisão da técnica', não é? Pois bem. O canastrão não sabe nada além disso. Sem falar que ele classificou um ou dois filmes de 'tolice'. Tolice, José Wilker, é a sua carreira de mais de 40 anos, e que tem três filmes dignos de lembrança: "Dona Flor e Seus Dois Maridos" - pelo texto magistral -, "Bye, Bye Brasil" - pela direção de Cacá Diegues - e "O Homem da Capa Preta" - pelo próprio tema. Tolice, José Wilker, são as novelinhas vagabundas que o senhor faz interpretando José Wilker. Acorde para a vida...

P.S. Para não encabulá-lo, vou deixar de dizer que tolice, tolice mesmo são os filmecos que você mesmo dirigiu, e que felizmente ninguém nunca ouviu falar. Até com a ajuda do Google é difícil de achar... Que continuem inacessíveis...


(Trilha Sonora: Kate Nash - Made Of Bricks)

domingo, fevereiro 24, 2008

Muita Calma Nessa Hora

O Oscar está aí e eu não estarei por aqui. Mas, claro, vou acompanhar tudo. Na quarta-feira (ou até mesmo na quinta), relato as minhas impressões. Já vi "Onde os Fracos Não Têm Vez" e "Sangue Negro". A disputa é entre os dois, magníficos. O primeiro é o melhor dos irmãos Joel e Ethan Coen até hoje. O segundo é uma obra-prima, impressionante, e que segue a tradição do grande cinema americano. Acho que o ano será dos irmãos Coen. Minha torcida fica com Paul Thomas Anderson. Veremos...

Outra coisa. Minha tão aguardada lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos será divulgada já no próximo final de semana, sábado ou domingo.


(Trilha Sonora: Zero 7 - The Garden)

domingo, fevereiro 17, 2008

Beleza Pura

É impressão minha ou Christiane Torloni está cada vez mais bonita (e, com todo o respeito, mais gostosa)? Mesmo com seus 51 anos (ela faz aniversário no dia 18 de fevereiro), entra fácil na lista das lindas atrizes brasileiras, e em primeiríssimo lugar, seguida por Deborah Evelyn (41 anos) e Beth Goulart (47 anos).

Para as menininhas: vocês ainda precisam comer muito angu...


(Trilha Sonora: The Wreckers - Stand Still, Look Pretty)

sábado, fevereiro 16, 2008

A Blitzkrieg Brasileira

O que vou falar aqui não é nenhuma novidade para os leitores do blog. Nem para quem conversa comigo de vez em quando, sobre cinema. Eu não vi "Tropa de Elite". E não pretendo ver tão cedo. Pura birra, confesso. E birra pela 'guerra-relâmpago' deflagrada pelos produtores do filme - abraçada com fervor pela imprensa em geral e rebatida na mente do público.

"Tropa de Elite" acaba de receber o Urso de Ouro no Festival de Berlim. É o prêmio mais importante de um dos mais importantes festivais de cinema do mundo. Mas vamos colocar um 'mas' da frase acima, um 'mas' que já foi tema por aqui. vamos lá. O tal do Festival de Berlim já foi um evento relevante. Hoje, vive muito de sua aura histórica. É o mais comercial da Europa. Em segundo lugar, está o Festival de Cannes. Veneza é o que talvez esteja mais imune a lobistas e (quem diria) rios de dinheiro.

Eu desconfio - tenho quase certeza - de que a vitória de "Tropa de Elite" na Alemanha seja resultado de uma blitzkrieg. Uma conquista política, econômica, mesmo que a lista completa (abaixo) não fique dentro do perfil traçado. Mas acreditem. Nada acontece por acaso.

Por razões óbvias, deixo a arte de lado, por enquanto. Voltarei ao tema assim que assistir "Tropa de Elite", em casa, em um fim de semana qualquer, em DVD.


Melhor Filme: "Tropa de Elite", de José Padilha (Brasil)

Prêmio Especial do Júri: "S.O.P. - Standard Operating Procedure", de Errol Morris (EUA)

Melhor Diretor: Paul Thomas Anderson, por "Sangue Negro" (EUA)

Melhor Contribuição Artística: Jonny Greenwood (Radiohead), pela trilha sonora de "Sangue Negro" (EUA)

Melhor Roteiro: Wang Xiao Shuai, por "In Love We Trust" (China)

Melhor Ator: Reza Najie, "The Song of Sparrows" (Irã)

Melhor Atriz: Sally Hawkings, "Happy-Go-Lucky" (Reino Unido)

Melhor Filme de Estréia: "Asyl - Park and Love Hotel", de Kumasaka Izuru (Japão)

Prêmio Alfred Bauer: "Lake Tahoe", de Fernando Eimbcke (México)

Prêmio da Crítica Internacional Fipresci: "Lake Tahoe", de Fernando Eimbcke (México)

Prêmio Anistia Internacional: "Sleep Dealer", de Alex Rivera (México/EUA)

Prêmio Geração 14plus: "Café com Leite", de Daniel Ribeiro (Brasil)



(Trilha Sonora: Rilo Kiley - More Adventurous)

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Marilyn Monroe por Bert Stern

A exposição "Marilyn Monroe - O Mito" já está aqui em São Paulo. Depois de serem retidas na alfândega brasileira por um bando de burrocratas e de uma passagem pelo Rio de Janeiro, as últimas fotos da atriz iluminam a Galeria Estação, que fica do lado do Sesc Pinheiros. Não vou recorrer agora à obviedade de dizer que a visita é obrigatória. Se você ainda não foi, vá. Se já foi, vá outra vez. Ponto.

As imagens de Marilyn Monroe captadas por Bert Stern (feitas para um ensaio para a revista Vogue, publicado pouco após sua morte), impressionam pela mulher que surge: Norma Jean. Em seu derradeiro momento de estrela, Marilyn decidiu despir-se de seu próprio mito, de revelar suas (poucas) imperfeições, suas rugas, sua cicatriz, seu corpo um tanto fora das medidas. Enfim, sua fragilidade. Em seu derradeiro momento de estrela, ela voltou a ser a menina que não conheceu o pai, que viveu com uma dúzia de famílias, que cresceu carente do amor que nunca teve nem nunca encontrou, nem mesmo na tela de cinema.

Ao entrar na galeria e dar de cara com um andar repleto de marilyns tão lindas, tão próximas, tão reais, quase chorei. De verdade. Acima, uma das fotos recusadas pelo olhar perfeccionista de Bert Stern.


(Trilha Sonora: Norah Jones - Feels Like Home)

Marilyn Monroe por Nicole Kidman

The Birds

Rhapsody in Blue

Para Encher os Olhos

Vira e mexe há algo bacana (bacaníssima, diria) na Vanity Fair. Mas, em sua última edição - a especial 'Hollywood Issue' - o pessoal da revista exagerou. Para começar, estamparam em uma capa de três páginas as grandes promessas femininas do cinema atual, e com Alice Braga ali no meio: "Fresh Faces". A foto, como tradicionalmente, é de Annie Leibovitz, que ganhou uma retrospectiva de seu trabalho. Só para deixar o gostinho escolhi "Rhapsody in Blue", de 2002, com Kirsten Dunst, Kate Beckinsale, Jennifer Connelly, Rachel Weisz, Brittany Murphy, Selma Blair, Rosario Dawson, Christina Applegate e Naomi Watts. Ufa...

Ainda na mesma edição, foram recriadas cenas de alguns dos vários filmes clássicos de Alfred Hitchcock. O resultado é o "The 2008 Hollywood Portfolio - Hitchcock Classics". Tive uma certa dificuldade para selecionar uma como exemplo. Acabei fechando em Jodie Foster e a homenagem feita a "Os Pássaros", clicada por Norman Jean Roy. Basta um google para ver as outras.

Para terminar da melhor forma possível, que tal Nicole Kidman encarnando Marilyn Monroe em um tributo a "Quanto Mais Quente Melhor"? Ela está na capa de aniversário de 10 anos da Harper's Bazaar Austrália. E viva a internet!

As fotos estão aí no topo, em ordem, todas com a mesma trilha sonora de fundo, bem 'eighties'. :)


(Trilha Sonora: Heart - Heart)

sábado, fevereiro 02, 2008

Heath Ledger

A notícia pegou todo mundo de surpresa. Heath Ledger, ator que já havia deixado de ser 'revelação', foi encontrado morto em um apartamento de Nova Iorque. Ele tinha aparecido com algum destaque em "O Patriota", "Coração de Cavaleiro" e os "Irmãos Grimm". Era aquele garoto que a gente olhava com um pouco mais de atenção, que tinha aquele carisma de bom ator.

Aí veio "O Segredo de Brokeback Mountain". O filme é um lixo. Vale apenas pela dupla de protagonistas: Heath Ledger e Jake Gyllenhaal. Fantásticos. Atuações superlativas e corajosas. E entre os dois, foi Heath Ledger quem mais ganhou destaque, e muito merecido. Seu trabalho beira a perfeição. De 'revelação' a 'realidade'. O ano prometia. Ele apareceu em "I'm Not There" e ganhou o papel que o catapultaria de vez para o céu das grandes estrelas. Em "The Dark Knight", continuação de "Batman Begins", é ele o Coringa.

A campanha de lançamento do filme explora a figura perversa que foi criada pelo ator (veja um dos teasers, acima), e em diversas mídias. Mas o Coringa, aos poucos, deve ceder um pouco mais de espaço a outro personagem, até então secundário, o próprio Batman. Nada de mórbida exploração de imagem em momento tão trágico.

Difícil dizer qual será o impacto da morte de Heath Ledger para uma das maiores produções de 2008. Fácil dizer qual será seu impacto para o cinema atual. É o expoente de uma nova geração que deixa um espaço em branco.


(Trilha Sonora: Silêncio)

Os Prêmios da Academia

Estamos de volta! Após um longo e tenebroso inverno (trabalho demais e algumas viagens aqui e ali), finalmente podemos falar um pouquinho sobre as indicações para a 80ª edição do Oscar, os 'academy awards'. Indicações que, tirando uma bobeirinha qualquer, quem diria, foram bem interessantes.

Havia comentado do festival de puxa-saquismo que foi o Globo de Ouro. O Oscar fez o óbvio diante de todas as críticas, de todo o mundo, e dividiu as principais categorias entre dois filmes, já apontados como os melhores de 2007: "No Country For Old Men", dos irmãos Joel e Ethan Coen, e "There Will Be Blood" (imagem acima), de Paul Thomas Anderson. Resta saber quem vai ganhar essa batalha. Em uma aposta rápida, diria que o ano é mesmo dos irmãos Coen. Eles devem ganhar como os melhores diretores e também garantir o Oscar de melhor filme. Dificilmente veremos qualquer surpresa.

Uma pena que os supostamente melhores filmes sejam guardados para a estréia bem pertinho de tal momento decisivo. Eles acabam chegando aqui um tanto em cima da hora. E aí é aquela correria para o cinema. Como ando sem tempo - e com uma certa preguiça pós-mostra (sim, ainda) - não posso fazer nenhum comentário mais incisivo. Mas vou repetir: meu dinheiro vai para os irmãos Coen. A torcida, para Paul Thomas Anderson. Veremos, veremos...


(Trilha Sonora: Tres Chicas - Bloom, Red & The Ordinary Girl)