On The Boulevard des Capucines

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terça-feira, janeiro 30, 2007

Pérolas e Lavagem

Há tempos – aqui mesmo neste blog – falei sobre a crítica imbecil dos dias de hoje. Também mencionei rapidamente a diferença entre filmes bons e filmes legais. Pois bem. Olhem só as pérolas que eu tive a infelicidade de ler durante a última semana:

Guia da Folha – 26 de Janeiro a 1º de Fevereiro de 2007

Ricardo Calil escreve sobre “A Grande Família”. E diz que o filme segue o molde de “Rashomon”, clássico de Akira Kurosawa. Leiam:

“Depois, repetiram essa mesma situação três vezes de maneiras distintas, de acordo com as reações de Lineu à doença. Em "Rashomon" (1950), de Akira Kurosawa, molde clássico para tal estrutura, cada episódio trazia o ponto de vista de um personagem. Em "A Grande Família - O Filme", de Mauricio Farias, o que muda é o gênero ao qual cada parte se filia.”

Usar Akira Kurosawa para discutir “A Grande Família” é um sinal claro de prepotência intelectualóide. O que o crítico pretende? Arrancar suspiros por sua inequívoca demonstração de cultura? Talvez. Para mim, não passa de uma tremenda idiotice. É a mesma coisa que dizer que a edição do novo filme da Xuxa lembra os cortes das obras da fase americana de Fritz Lang. Ou que “Páginas da Vida” tem movimentos de câmera que remetem a “Cidadão Kane”. Faça-me o favor...


Revista Veja – Edição 1993 – 31 de Janeiro de 2007

Diogo Mainardi – em sua coluna batizada de “Os Cães de Gravata” – fala sobre a morte de Joseph Barbera (tema anterior deste blog) e de Iwao Takamoto, criador do Scooby-Doo. Ele diz o seguinte:

“Nada representa com tanta clareza o barateamento intelectual do nosso tempo quanto os desenhos animados de Hanna-Barbera. Cada quadro economizado por eles significou para nós uma idéia a menos, um pensamento a menos, uma sinapse a menos.”

Diogo. São desenhos animados. Simples assim. São desenhos animados.

* E como se não bastasse, a Revista Veja ainda usou os meus tomates. :0)

Resumindo: Cada coisa no seu lugar. Não vamos alimentar os porcos com pérolas. E nem vamos dar lavagem à “elite cultural”. Vou desenhar para os críticos entenderem:

Lavagem = Porcos
Pérolas = “Elite Cultural”


(Trilha Sonora: Norah Jones - Not Too Late)

sexta-feira, janeiro 26, 2007

A Polêmica Dakota Fanning

Sim. Dakota Fanning é a artista mais assídua deste blog. O primeiro post foi para falar apenas que a achava a "coisa mais fofa do mundo". Os próximos foram para dizer que aguardo "Hounddog" com ansiedade. É o filme que está gerando toda a polêmica do título.

A produção - que acaba de ser exibida no Sundance - tem provocado calorosas discussões. E tudo por causa de uma cena em que a personagem interpretada por Dakota (que tem 12 anos) é estuprada por um garoto. Enfim.


Dakota está sendo tratada como símbolo de uma inocência que há muito os Estados Unidos não têm. Por isso os ataques virulentos à diretora, aos produtores e até à família da atriz. Como, em pouco menos de um ano, vemos uma a garotinha feliz e seu porquinho falante ser violentada? A hipocrisia americana não haveria de permitir nada parecido. A desculpa? O trauma que uma gravação como essa pode provocar. Prova da hipocrisia? Em 2000, durante a primeira temporada de C.S.I., Dakota atuou em um dos episódios. Ela fazia o papel da mais nova dos quatro filhos de um casal. Todos são brutalmente assassinados. Sobram a filha mais velha e a caçula (Dakota), que fica em estado catatônico. Depois das investigações, inclusive com cenas de exames físicos na garota, são descobertos anos de abuso sexual contra a personagem de Dakota. Abusos cometidos pelo próprio pai. Na época, Dakota tinha 6 anos. Alguém gritou? Ou não é traumático para uma garota de 6 anos interpretar uma menina que sofre abusos sexuais cometidos pelo pai e vê toda a sua família ser assassinada? A hipocrisia americana não tem limites. A diferença? Na época, Dakota não era um símbolo de exportação da pureza norte-americana.


Mas vamos ao outro lado da história: o filme. "Hounddog" é provavelmente uma daquelas obras que não duram mais do que o tempo da exibição. É uma daquelas obras que serão lembradas por um detalhe notável qualquer. O "detalhe notável qualquer" aqui é a interpretação de Dakota.


Esta doce criança já havia mostrado toda sua capacidade atuando (bem!) ao lado de grandes nomes (Robert DeNiro, Sean Penn e Denzel Washington) e sob o comando de diretores de peso (Steven Spielberg). "Hounddog" é um marco em sua carreira. É o momento em que ela vai deixar os porquinhos de lado para entrar no cinema adulto, de verdade, no cinema de real expressão artística. Eu continuo apostando todas minhas fichas em Dakota.


Sobre toda a polêmica, há um ótimo texto de Meghan O'Rourke, editora da Slate Magazine, que vou reproduzir aqui, na íntegra, no original em Inglês. A ilustração acima é de Charlie Powell.



Dakota Fanning
All shook up over Hounddog
By Meghan O'Rourke


If all you knew about Dakota Fanning was that she starred as Fern in Charlotte's Web, I suppose it could come as a shock that her controversial new film, tentatively titled Hounddog, isn't a movie about charming canines, but the story of a pre-adolescent girl caught in a cycle of abuse who, in the most talked-about scene, is raped by an older boy. Before the film debuted at Sundance this week, it ignited a firestorm of debate, with protesters registering their distress that Fanning had been exposed to such provocative subject matter. But the truth, as anyone who has recently been to the cinema knows, is that Dakota Fanning has been making dark and creepy movies for years. Over her seven-year career, she has become a small, blond embodiment of America's fond hope that scarred children can be restored to childish innocence. It was only a matter of time before the trauma she faced would be rape.


From the start, Fanning has played the preternaturally mature child who could toe the cold waters of trauma but just as swiftly retreat to the broad sands of innocence—with a shiver, perhaps, but nothing more enduring than that. In films like The War of the Worlds, Hide and Seek, and Man on Fire, she became an emblem of button-cute purity threatened—but not overcome—by the ordeals and evil that are, more properly, part of the adult world. They are roles that enact our voyeuristic curiosity about how far the boundaries of innocence can be extended. In the intensely violent Man on Fire (2004), she is a neglected, love-starved child who is kidnapped for ransom money, and watches her beloved bodyguard (and only true friend) get brutally shot in front of her as she cries his name. She is later rescued, but he dies for her. In Hide and Seek (2005) she plays a troubled 9-year-old whose mother has recently died; terrible things happen, but in the end, she appears to find some relief from her emotional suffering. ("Dakota Fanning is the most SCARY thing i have ever seen," a viewer posted on IMDB, in apparent approval.) In The War of the Worlds (2005), she watches as aliens destroy her world, transforming it into a landscape literally flowing with blood, and her father kills a man in order to save her life, while she sits nearby. She is brutalized and subdued, but by the film's end—when she reaches the cozy brownstone where her mother is—she appears ready to be absorbed again by the consoling rhythms of domesticity; one feels that even her toys are intact.

What complicates the trauma in the Hounddog is Fanning's decision to portray a rape victim at precisely the juncture in her own life we're uncertain how to conceptualize: pre-adolescence. Had the news arrived that a 9-year-old Fanning were flouncing around in her underwear in an upcoming movie, protesters who are alleging that the film is unmistakably "pedophilic" might have had a firm leg to stand on. Had the news arrived that a 15-year-old Dakota were doing the same, her defenders (including her mother and her agent, who are reportedly hoping for an Oscar nomination) might more persuasively have been able to argue that she made the choice with full autonomy, taking it on as a substantive artistic "challenge," as her agent put it. But she is 12. In her press pictures, she still looks like a scrawny child, gap-toothed and big-eyed. (Little wonder, then, that bloggers have posted outdated photos of her, playing up the contrast between her childishness and the supposed brutality of the film.) Protesters of the film may be genuinely concerned that acting out a rape scene in a film is traumatic to Fanning. But what some are presumably also anxious about is that watching Dakota in a rape scene is traumatic to them; in today's world of hypersexualized celebrity adolescence, can a fling with a creep or tawdry table-dancing be far away?

The strangest thing about the pre-release debate may have been observing Dakota Fanning herself defending her choice with the savvy articulateness of a child raised in Hollywood's echo chamber. In curiously perfect sound bites, she winningly explained her decision to play the part to the New York Times ("The bottom line was, I couldn't not do it," she remarked. "I was the perfect age"). Elsewhere, she pointed out what seemed to her a puzzling failure of logic, noting that Hounddog is "no darker than Hide and Seek or Man on Fire! I still am going through difficult things in those films as well, and nobody seemed to talk about that!" She's right that the new film isn't truly a departure from her earlier work. But it is a resolutely unambiguous extension of her child-actor roles into the realm of the adolescent. And it's this lack of ambiguity that has stirred controversy: She's crossed the sexual Rubicon. Taking on this character is a violation of the subtle enactment of anxieties about survival and innocence that had formerly gone—quite pleasingly—unstated. Whether or not she is fully aware of it, Fanning, the actor, is officially leaving childhood behind in the eyes of the public.

And she may not be fully aware of it. Take, for example, the fact that in the Times she defended her choice to play the role of the young girl, Lewellen, by reassuring her interviewer that Lewellen "is still very innocent, she's still a child, but she's also a little bit wise beyond her years." There's an odd paradox at work. Fanning invokes Lewellen's innocence as a way of comforting us that she herself has not yet reached the realm of sexuality and still stands at the brink of it. But to know to do as much is, in a way, to be out of the garden already. That she comprehends the various dimensions of the role is not reassuring proof of her childish innocence. It only makes it all the more impossible for the viewer to imagine her going back to the cocoon of childhood, rather than moving forward into the trials of adolescence.

From this perspective, whether or not Hounddog is a film about redemption and healing doesn't exactly matter; nor does it matter whether Fanning wore a bodysuit while filming; or whether Jodie Foster and Brooke Shields, two child actresses to play sexually graphic roles in the 1970s, survived their experiences whole. Such niceties are beside the point (and the announcement of them, not surprisingly, didn't reduce the pitch of the protests). The problem for an American audience weaned on this waif, and chock-a-block with repressed feelings about adolescent sexuality itself, is that Dakota Fanning the actress (if not the character she plays) has chosen to take on this graphic a role. She has opened Pandora's box. Once she has become part of the sexual economy of adolescence—about which Americans are so clearly conflicted, living as we do in a hypersexualized era that is also peculiarly hyperprotective of children—she can't go back.



(Trilha Sonora: Donavon Frankenreiter - Move By Yourself)

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Tomate Neles!

Depois de sugerir um novo troféu para o Globo de Ouro, gostaria de - humildemente - dar alguns conselhos ao Oscar. O primeiro deles é a mudança de data. A entrega dos prêmios deveria ser transferida para a última quarta-feira de agosto. O segundo é a mudança de endereço. O tapete vermelho deixaria os Estados Unidos e seria estendido em Buñol, na Espanha. E que tapete!

A última quarta-feira de agosto é um dia ansiosamente aguardado na cidade espanhola. Em 2006, 40.000 pessoas participaram de seu famoso festival de rua: a Tomatina (imagem acima). E nada melhor do que dar um sabor extra a tão tradicional expressão cultural. Entre tantos tomates voadores estariam lá, e com seus vestidos impecáveis, as divas do atual cinema americano. E os galãs também, claro! Ninguém poderia ficar de fora!

E que beleza seria! Atualmente, a Tomatina só começa depois que alguém consegue finalmente capturar um presunto colocado no alto de um pau-de-sebo. Nas próximas edições, a guerra só terá início após a abertura dos envelopes do Oscar. Algo do tipo:


"...and the Oscar goes to... Ang Lee!"


Tomate nele!


"...and the Oscar goes to... Crash!"


Tomate nos produtores!


Acho que não preciso dizer o que achei das indicações. Como dias atrás, fiquei de bode. E tenho pensado muito na possibilidade de o Oscar consagrar Martin Scorsese. Ninguém me tira da cabeça que é a hora dele. Minhas apostas são:


Melhor Diretor: Martin Scorsese

Melhor Filme: Os Infiltrados


Não é possível discutir o talento de Scorsese, dos melhores cineastas americanos de todos os tempos. Mas falemos sobre o prêmio. Seria justo? Não. "Os Infiltrados" não tem a marca do diretor, não tem sua personalidade. Entra na lista de seus piores filmes. Enfim...


E o que vai acontecer? Alejandro González Iñárritu, responsável pelo melhor filme do ano - "Babel" - vai voltar para a casa de mãos abanando. E mais uma injustiça será feita. E mais politicagem passa aos próximos anos. Uma pena.


A solução? Oras bolas...


Tomate neles!



(Trilha Sonora: Ben Harper- Diamonds On The Inside)

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Um Atrás do Outro

E sem malícia no título... Estou falando, claro, dos prêmios mais famosos (e cobiçados) do cinema americano. Amanhã, mais ou menos na hora do almoço, serão anunciados os indicados ao Oscar 2007. Eu estou torcendo por uma avalanche "Babel". Mas isso não vai acontecer...

Para mim, perder tempo com essa besteira valeria apenas para ver Dakota Fanning ser listada entre as cinco melhores atrizes do ano por seu trabalho em "Hounddog", um drama bem barra-pesada dirigido por Deborah Kampmeier. Também não vai acontecer. O filme só vai entrar em cartaz agora no início do ano. Uma pena... Quem sabe em 2008.

Viva Dakota, a mais talentosa atriz americana do momento! E a mais fofa também! :0)


(Trilha Sonora: Aimee Mann - Lost In Space)

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Papagaiadas na Madrugada

Em um outro post por aí, disse que há tempos o Globo de Ouro não era mais um prêmio sério. Pois bem. De "não ser mais um prêmio sério" para "a mais absoluta papagaiada" é a minha reclassificação dos Golden Globes. Repito: PAPAGAIADA (ao lado, minha singela sugestão para os troféus do ano que vem).

Em um evento chatíssimo - que não valeu nem pelos poucos bons momentos -, o que todos viram foi politicagem de um bando de puxa-sacos ("os tais jornalistas estrangeiros"). Os troféus foram muito bem divididos, deixando todo mundo feliz e pronto para a festa.

Enfim. Ano que vem não vou perder mais tempo. Ficarei vendo C.S.I..

Antes de encerrar a nota, aproveito para lançar a campanha "Rubens, Por Favor, Fique Quieto". Ele narrou o evento - ao vivo - e só fez falar impertinências fora de hora.

Separei algumas pérolas. Vamos a elas:


1. No discurso de Hugh Laurie, vencedor do prêmio de melhor ator dramático pela série de TV "House", ele lamentou não receber "discursos de agradecimento de graça". Tradução do Rubens Matracaldo Filho: "discursos de agradecimento livres". Primeira aula de inglês do ginásio. Free=Livre ou Grátis. Got it?

2. Além da verve poética costumeira, Rubens também atacou de futurista: "Clint Eastwood não vai ganhar o prêmio de melhor filme porque não concorre ao prêmio de melhor filme". Oh!

3. No discurso de agradecimento de Meryl Streep, melhor atriz de musical ou comédia por "O Diabo Veste Prada", ela faz piada: "acho que já trabalhei com todos que estão nesta sala". Risadas. A tradução livre (ou grátis?) de Rubens: "a sala está cheia". Lágrimas.

Por favor, Rubens. Ouça o que as pessoas dizem. Faça a tradução após as falas. Comente os pontos principais. Ninguém quer - e nem liga - para detalhes. Mas para ser sincero, prefiro mesmo que você fique quieto. Por favor. Obrigado.


(Trilha Sonora: Vários - Bossa N' Stones)

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Globo de Ouro

O Globo de Ouro começa daqui a pouquinho, às 23 horas de nosso país de terceiro-mundo. Há uns meses, escrevi sobre o filme "Babel" e sobre a chance de redenção do grande cinema com uma enxurrada de prêmios para a obra de Alejandro González Iñárritu.

E ontem acabo por passar os olhos pela crítica da revista "Veja", escrita pela Isabela Boscov. Não a considero uma pessoa séria, apesar de seu bom texto. Mas uma mera jornalista de divulgação de grandes produções. Enfim. E aí lembrei da uma definição que li em algum lugar sobre os três níveis de interpretação que uma pessoa tem diante de algo:

Nível 1: É basicamente dizer "gostei", "não gostei". É o meu comportamento diante da arte moderna. Como não sei nada sobre o tema, só digo se gostei ou não.

Nível 2: A partir de um conhecimento prévio sobre o tema visitado, a pessoa já consegue estabelecer relações com trabalhos anteriores do mesmo artista. É, por exemplo, a análise que eu faço diante um CD. Como acompanho música por puro prazer, estou por dentro do que rolou e do que rola.

Nível 3: Além de estabelecer relações dentro da obra do autor como um todo, a pessoa sabe posicionar o trabalho atual dentro do contexto histórico e artístico em que foi produzido, além de colocá-lo também em um linha do tempo exclusiva da arte em questão. E essa é bem a minha abordagem diante de um filme. Diante de um filme sério, claro. Um "X-Men" da vida não vale olhares mais cuidadosos.

O que mais me impressionou na leitura da Isabela Boscov foi como ela não conseguiu sequer passar de um primeiro nível de entendimento de "Babel". Sua crítica é um "não gostei" cheio de desculpas disfarçadas de explicações. Não arranha em um segundo nível e nem em um terceiro. Aqui, neste blog, em meia dúzia de linhas, pontuei uma idéia maior sobre o filme, digna de um nível 2. Um profissional deveria ir mais longe.

Bom... Ficarei acordado para ver os Golden Globes...

Em breve, os detalhes.


(Trilha Sonora: Melissa Ferrick - Everything I Need)

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Bond, James Bond

O que aconteceu com uma das séries de maior sucesso do cinema mundial? Pierce Brosnan havia recuperado o fôlego de 007 e conquistado novas audiências, mais jovens. As bilheterias, claro, responderam muito bem. E James Bond voltou ao topo.

E assim, meio que de repente, surge o anúncio de que Pierce Brosnan, o melhor Bond desde Sean Connery, esta fora. Em seu lugar, Daniel Craig (na foto). O próximo filme, Cassino Royale, o texto que inaugurou a saga de Ian Fleming. O recado era claro: a séria iria recomeçar.

A pergunta é: se tudo ia bem, de onde veio a necessidade "urgente" de reformulação?

Seria um sinal dos tempos? Whatever...

O fato é que o filme não funciona como deveria. Só foi assim na arrecadação, a maior de todos os Bonds. Vai entender... Mas enfim. O fato mostra que os produtores estavam certos. A mudança foi sim um sinal dos tempos.

Vamos esperar a consolidação da história para ver os rumos deste agente secreto.


(Trilha Sonora: Sucessos Descartáveis Mário Reys, de Magal a Evaldo Braga)