Globo de Ouro
O Globo de Ouro começa daqui a pouquinho, às 23 horas de nosso país de terceiro-mundo. Há uns meses, escrevi sobre o filme "Babel" e sobre a chance de redenção do grande cinema com uma enxurrada de prêmios para a obra de Alejandro González Iñárritu.
E ontem acabo por passar os olhos pela crítica da revista "Veja", escrita pela Isabela Boscov. Não a considero uma pessoa séria, apesar de seu bom texto. Mas uma mera jornalista de divulgação de grandes produções. Enfim. E aí lembrei da uma definição que li em algum lugar sobre os três níveis de interpretação que uma pessoa tem diante de algo:
Nível 1: É basicamente dizer "gostei", "não gostei". É o meu comportamento diante da arte moderna. Como não sei nada sobre o tema, só digo se gostei ou não.
Nível 2: A partir de um conhecimento prévio sobre o tema visitado, a pessoa já consegue estabelecer relações com trabalhos anteriores do mesmo artista. É, por exemplo, a análise que eu faço diante um CD. Como acompanho música por puro prazer, estou por dentro do que rolou e do que rola.
Nível 3: Além de estabelecer relações dentro da obra do autor como um todo, a pessoa sabe posicionar o trabalho atual dentro do contexto histórico e artístico em que foi produzido, além de colocá-lo também em um linha do tempo exclusiva da arte em questão. E essa é bem a minha abordagem diante de um filme. Diante de um filme sério, claro. Um "X-Men" da vida não vale olhares mais cuidadosos.
O que mais me impressionou na leitura da Isabela Boscov foi como ela não conseguiu sequer passar de um primeiro nível de entendimento de "Babel". Sua crítica é um "não gostei" cheio de desculpas disfarçadas de explicações. Não arranha em um segundo nível e nem em um terceiro. Aqui, neste blog, em meia dúzia de linhas, pontuei uma idéia maior sobre o filme, digna de um nível 2. Um profissional deveria ir mais longe.
Bom... Ficarei acordado para ver os Golden Globes...
Em breve, os detalhes.
(Trilha Sonora: Melissa Ferrick - Everything I Need)
E ontem acabo por passar os olhos pela crítica da revista "Veja", escrita pela Isabela Boscov. Não a considero uma pessoa séria, apesar de seu bom texto. Mas uma mera jornalista de divulgação de grandes produções. Enfim. E aí lembrei da uma definição que li em algum lugar sobre os três níveis de interpretação que uma pessoa tem diante de algo:
Nível 1: É basicamente dizer "gostei", "não gostei". É o meu comportamento diante da arte moderna. Como não sei nada sobre o tema, só digo se gostei ou não.
Nível 2: A partir de um conhecimento prévio sobre o tema visitado, a pessoa já consegue estabelecer relações com trabalhos anteriores do mesmo artista. É, por exemplo, a análise que eu faço diante um CD. Como acompanho música por puro prazer, estou por dentro do que rolou e do que rola.
Nível 3: Além de estabelecer relações dentro da obra do autor como um todo, a pessoa sabe posicionar o trabalho atual dentro do contexto histórico e artístico em que foi produzido, além de colocá-lo também em um linha do tempo exclusiva da arte em questão. E essa é bem a minha abordagem diante de um filme. Diante de um filme sério, claro. Um "X-Men" da vida não vale olhares mais cuidadosos.
O que mais me impressionou na leitura da Isabela Boscov foi como ela não conseguiu sequer passar de um primeiro nível de entendimento de "Babel". Sua crítica é um "não gostei" cheio de desculpas disfarçadas de explicações. Não arranha em um segundo nível e nem em um terceiro. Aqui, neste blog, em meia dúzia de linhas, pontuei uma idéia maior sobre o filme, digna de um nível 2. Um profissional deveria ir mais longe.
Bom... Ficarei acordado para ver os Golden Globes...
Em breve, os detalhes.
(Trilha Sonora: Melissa Ferrick - Everything I Need)
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