Werner Herzog
Acho que já falei em algum post que gosto de cinema desde os 10 anos. Mas demorei um pouco para conhecer a arte por trás das telas. Quando conheci, comecei a (tentar) ver todos os filmes disponíveis de todos os grandes cineastas. E de fazer anotações sobre cada um dos diretores. Poucos escritos sobreviveram ao tempo. Um deles, de anos e anos atrás, é uma nota rápida sobre Werner Herzog, o meu preferido dentro do Novo Cinema Alemão. Como acabei de passar pelo seu mais recente trabalho, “O Homem Urso”, resolvi digitalizar o texto, mesmo antigo. Acho que tem tudo a ver com o documentário, que é ótimo, principalmente para quem acompanha a carreira de Herzog. “O Homem Urso” é Herzog puro, de ponta a ponta. Vamos lá:
“O cinema de Werner Herzog trata de dois temas principais: o homem privado do convívio normal com a sociedade e a obsessão e suas conseqüências. Sua obra pode ser resumida na cena de abertura de “O Enigma de Kaspar Hause”. O personagem, em um porão, vive acorrentado, longe do mundo. Mesmo nos filmes sobre a obsessão, seus retratados vivem distantes.
Werner Herzog, parte do triunvirato do Novo Cinema Alemão (com Wenders e Fassbinder), encontrou em Klaus Kinski seu principal instrumento. Este genial ator, um dos melhores do mundo em todos os tempos, colaborou na bastante na construção de uma cinematografia forte e consistente, com muitas bases no realismo (e no engajamento) dos documentários.”
De volta. “O Homem Urso” tem tudo o que descrevi acima. O “Homem Urso” do título é um homem obcecado, que, cansado do que a sociedade o oferece, priva-se do convívio “normal” para morar ao lado dos ursos. Poderia ser ficção. Poderia ter Kinski no papel principal. Fantástico.
Acima, uma foto de Herzog no Brasil, quando filmava "Fitzcarraldo".
(Trilha Sonora: Lard - The Last Temptation Of Reid)
“O cinema de Werner Herzog trata de dois temas principais: o homem privado do convívio normal com a sociedade e a obsessão e suas conseqüências. Sua obra pode ser resumida na cena de abertura de “O Enigma de Kaspar Hause”. O personagem, em um porão, vive acorrentado, longe do mundo. Mesmo nos filmes sobre a obsessão, seus retratados vivem distantes.
Werner Herzog, parte do triunvirato do Novo Cinema Alemão (com Wenders e Fassbinder), encontrou em Klaus Kinski seu principal instrumento. Este genial ator, um dos melhores do mundo em todos os tempos, colaborou na bastante na construção de uma cinematografia forte e consistente, com muitas bases no realismo (e no engajamento) dos documentários.”
De volta. “O Homem Urso” tem tudo o que descrevi acima. O “Homem Urso” do título é um homem obcecado, que, cansado do que a sociedade o oferece, priva-se do convívio “normal” para morar ao lado dos ursos. Poderia ser ficção. Poderia ter Kinski no papel principal. Fantástico.
Acima, uma foto de Herzog no Brasil, quando filmava "Fitzcarraldo".
(Trilha Sonora: Lard - The Last Temptation Of Reid)
1 Comments:
Homem Urso é realmente emocionante, amigo. Da direção à narração, às músicas, às histórias comentadas. A tentativa enlouguecida do protagonista de deixar, em seus relatos, o registro das relações que tentava estabelecer "de igual para igual" com os ursos, a natureza que se mostra selvagem e maior em essência do que qualquer tentativa humana. Inigualável. Viva Herzog!
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