On The Boulevard des Capucines

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Local: São Paulo, São Paulo, Brazil

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Top 5 de Scorsese

Ficaram curiosos? Pois vamos lá.


5 – “Depois de Horas

4 – “Kundun

3 – “Os Bons Companheiros

2 – “Taxi Driver

1 – “Touro Indomável


Os três primeiros podem trocar de lugar como você preferir. São todos igualmente geniais.


Bônus A (ou 6): “A Última Tentação de Cristo

Bônus B (ou 7): “No Direction Home: Bob Dylan

Bônus C (ou 8 e 9, "ao mesmo tempo"): “New York, New York” e “Caminhos Perigosos”, empatados.

Bônus D (ou “só para completar 10”): “O Aviador


Olhem só que coisa… “Os Infiltrados” ficou fora até do Top 10...


E antes que perguntem... Sim. Vi todos!


(Trilha Sonora: Maria Taylor - 11:11)

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

"Ufa... Até que Enfim!"

Aos olhares mais atentos foi esta a frase que Martin Scorsese disse (mentalmente, claro) ao ouvir seu nome ser anunciado como vencedor do Oscar de Melhor Diretor. Um prêmio que teve ares de consagração: foi entregue por Steven Spielberg, George Lucas e Francis Ford Coppola. Dos momentos mais lindos que já vi. Olhem só.



Minha paixão pelo cinema nasceu com o Spielberg (história para outro pôr-do-sol).

Francis Ford Coppola é de longe o melhor diretor do cinema americano atual. De longe.

E George Lucas foi o homem que criou o cinema blockbuster (que gosto de chamar de “cinema legal”) como conhecemos hoje, com suas lucrativas temporadas de verão.

Para completar, Scorsese, que, enfim, levou o Oscar para a casa.

Merecia? Não. “Os Infiltrados” não fica nem entre seus Top 5.

Mas o Oscar vive de fazer e, principalmente, corrigir suas besteiras.

Voltemos no tempo.


1981

Martin Scorsese recebe sua primeira indicação por “Touro Indomável”. Concorre com Richard Rush, por “O Substituto”, Roman Polanski, por “Tess”, Robert Redford, por “Gente como a Gente” e David Lynch, por “O Homem Elefante”.

Quem ganha: Robert Redford.

Quem deveria ganhar: Martin Scorsese ou David Lynch. Tanto faz. Não sei dizer.


1989

Martin Scorsese é indicado por “A Última Tentação de Cristo”. Concorre com Charles Crichton, por “Um Peixe Chamado Wanda”, Mike Nichols, por “Uma Secretária de Futuro”, Barry Levinson, por “Rain Man” e Alan Parker, por “Mississipi em Chamas”.

Quem ganha: Barry Levinson.

Quem deveria ganhar: Alan Parker, e por seu melhor trabalho até hoje!


1991

Martin Scorsese recebe a terceira indicação, agora por “Os Bons Companheiros”. Concorre com Barbet Schroeder, por “O Reverso da Fortuna”, Francis Ford Coppola, por “O Poderoso Chefão 3”, Stephen Frears, por “Os Imorais” e Kevin Costner, por Dança com Lobos”.

Quem ganha: Kevin Costner.

Quem deveria ganhar: MARTIN SCORSESE!

Uma disputa muito interessante. Vejam só. O retorno – talvez nem tão brilhante – de Coppola à saga do “Poderoso Chefão”, o excelente trabalho de direção de Barbet Schroeder, em seu único momento de “gente grande”, de “filme de verdade”, Frears em sua melhor época atrás das câmeras, emplacando uma série de bons filmes, e Scorsese no comando de uma das melhores produções da década de 90.

E ganha Kevin Costner? Não bastava a indicação?

Brincadeira.

E a injustiça vai para...


...2003... (Polanski vence! Outra correção de rumo do Oscar...)

...e 2005... (Eastwood ganha!)

...até finalmente acabar em 2007.


Mas vamos voltar um pouco mais no tempo... Vamos a 1977.

Scorsese havia lançado, em 1976, o que muitos consideram sua obra-prima: “Taxi Driver”.

O filme é indicado ao Oscar de Melhor Filme, mas perde para “Rocky, O Lutador”.

O diretor não é indicado. Mas em uma disputa entre INGMAR BERGMAN (“Face a Face”), SIDNEY LUMET (“Rede de Intrigas”), ALAN J. PAKULA (“Todos os Homens do Presidente”) e LINA WERTMÜLLER ("Pasqualino Sete Belezas"), o Oscar de Melhor Diretor vai para John G. Avildsen, por “Rocky”!

Eu repito: o Oscar de Melhor Diretor vai para John G. Avildsen!

"Quem?" você deve estar perguntando. Ora bolas, quem... O diretor de "Rocky", ué!

Brincadeira.

E coitado do Iñárritu, que voltou para casa de mãos abanando...

Mas quem sabe no ano que vem, né?


(Trilha Sonora: Maria Taylor - 11:11)

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

De Stella a Luciana...

...Walmor Chagas é o Marlon Brando brasileiro!

* Para bom entendedor de cinema, meia nota basta. :0)


(Trilha Sonora: Throwing Muses - The Real Ramona)

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

11:11 – Faça Seu Pedido!

Eu juro que gostaria de escrever uma nota sobre o Festival de Berlim. Mas olhem só... Tenho uma nova paixão de verão! Não entendeu? Basta ler a nota abaixo...

E o nome de minha nova paixão é Maria Taylor (ao lado), uma artista de 30 anos nascida em Birmingham, Alabama, cidade que já tem três vencedores do America Idol! :0)

Enfim... Ela começou com uma banda de rock durante o movimento grunge, Little Red Rocket, inspirada principalmente pelo Veruca Salt (grande banda, by the way...). Depois montou o Azure Ray com Orenda Fink, que foi sua colega na faculdade. E sua carreira deslanchou. Foram quatro discos com o Azure Ray, que faz um pop eletrônico melancólico e hipnótico.

Maria teve tempo também para lançar um disco próprio: “11:11”. É um álbum que beira a perfeição, seguindo quase a mesma linha do Azure Ray, mas talvez um pouco mais intimista. Delicioso. Entre um show e outro da turnê de lançamento, ela ainda gravou outro disco, o “Lynn Teeter Flower”.

Que descoberta! Para melhorar, adivinhem que dia ela nasceu? 21 de maio! :0)

Dia feliz...


(Trilha Sonora: Maria Taylor – 11:11)

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Paixões De Verão

Eu sou um homem de muitas paixões. Culturais, claro. E ao contrário do que escrevi no título, quase sempre elas duram mais que uma estação. Apenas para ficar nos dias de hoje, ando apaixonado pela Anne McCue, pela Mia Doi Todd, pela Melissa Ferrick, pela Bic Runga, pela Aimee Mann...

Há um padrão nestas paixões de verão. São todas mulheres incrivelmente talentosas, líderes de suas "bandas". Mas o padrão acaba de sofrer um golpe: Abi Harding. Ela é saxofonista de um grupo muito interessante de Liverpool, na Inglaterra, The Zutons. Tudo começou quando seu namorado, o baterista Sean Payne, a convidou para tocar saxofone em uma apresentação. Não só tocou, como ficou e levou os Zutons à fama.

Não é difícil de entender. Sua presença é intensa e magnética (tente desgrudar os olhos da imagem acima). Quase sempre com vestidinhos curtos e insinuantes, ela atrai os olhares. E aí é que descobrimos como ela é fantástica em seu instrumento: uma saxofonista de primeira. Sem ela, os Zutons são uma banda legal. Com ela, ainda vão dar muito o que falar.


(Trilha Sonora: The Zutons - Tired Of Hanging Around)

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Rowlands, Rowlands, Rowlands

Carnaval. Para muitos, folia. Para outros, a chance de curtir a cidade sem a loucura do dia-a-dia. Em uma sessão calma de um domingo quase vazio, fui conferir "Uma Mulher Sob Influência", de John Cassavetes. Esperava voltar e escrever um pouco sobre o cinema independente americano e tal e coisa. Mas fui tomado por um choque raríssimo: Gena Rowlands.

O filme, de 1974, é considerado por muitos o melhor do diretor. E uma grande parte da força desse trabalho primoroso está na interpretação magnífica de Gena Rowlands, que ainda conta com o apoio de um surpreendente Peter Falk (imagem acima). Rowlands faz o papel de Mabel, uma mulher "diferente", que faz um pouco de tudo: cuida da casa, do marido, dos filhos, dos familiares e até dos amigos, além de lidar com outros problemas cotidianos. Fica louca, coitada...

A criação da personagem, cada vez mais perturbada, é - para falar pouco - brilhante, perfeita. Das melhores performances femininas da história do cinema. E o que mais impressiona é o naturalismo da atriz, que nem parece estar atuando a partir de um roteiro decorado e ensaiado. Só pode ter sido de improviso. Ao sair da sala, Ana Paula (minha companheira inseparável de filmes e mais filmes) e eu discutimos o tema entre batatas aromatizadas com alho e alecrim. E hoje cedo, enquanto picava alho para meu famoso risoto, recebo uma ligação dela, que me lê o seguinte trecho de uma nota publicada na "Folha de São Paulo" e escrita por Cássio Starling Carlos:



"Os filmes de Cassavetes buscam não narrar uma história, mas captar emoções através de situações carregadas de poder afetivo. Em seu cinema, a história não antecede os personagens, mas é por eles secretada. Daí decorre o mito, muitas vezes sustentado por seus intérpretes e outras tantas desmentido pelo diretor, de adotar o método da improvisação. Ao contrário, o roteiro e os ensaios sempre preexistiam às filmagens. Mas a impressão de realismo, de veracidade (que, no cinema, costuma ser creditada à improvisação) deriva, aqui em particular, de um amor incondicional aos atores. Intérprete experiente de teatro e de cinema, Cassavetes levou, ao passar para trás das câmeras, uma atenção especial à atuação. "O ator é a força criadora fundamental, porque, se a atuação é boa, o filme se torna bem-sucedido, e o trabalho da equipe é, em última instância, secundário." A liberdade formal que seus filmes transmitem tem a ver com essa escolha."



Que timing, hein, Cássio? :0)



(Trilha Sonora: The Zutons - Tired Of Hanging Around)

sábado, fevereiro 17, 2007

Police Para Quem Precisa

Em época de prêmios e mais prêmios, chegou a vez de falarmos um pouco de música. E não há melhor gancho do que o Oscar da Música, o Grammy (com toda a carga negativa que o título possa sugerir). Mas vamos deixar as baboseiras de lado e ir ao que realmente interessa: o show de abertura.

Depois de uma separação de mais de 20 anos, Sting, Andy Summers e Stewart Copeland subiram ao palco e tocaram “Roxanne”. Era a volta mais do que esperada do Police, das bandas mais criativas que o rock já conheceu. Eles nasceram como pretensos punks, evoluíram para um rock recheado de notas de ska e chegaram até a flertar com o jazz. Foram brilhantes em todos os seus álbuns. Ponto.

E o melhor. Logo após a apresentação, anunciaram uma turnê mundial!

Já adianto que, sim, o Brasil será visitado! Basta esperar para ver a cena da imagem acima (do Grammy), ao vivo. Que beleza! :0)

Nós precisamos de Police!


(Trilha Sonora: Camille – Le Fil)

Bruna Surfistinha e Babel

Mais uma dose de meu ataque voraz à imbecilidade da crítica brasileira. A nota poderia fazer parte também da série “Como Estragar o Dia de Mário Reys”. Enfim. Vamos lá.

Em um hotsite do IG, totalmente dedicado ao Oscar, há a seguinte manchete:

“Filme ‘Cansativo’”
Bruna Surfistinha comenta o filme “Babel”

Sim. É verdade! Confira você mesmo:

http://ultimosegundo.ig.com.br/paginas/useg/oscar2007/

Como Bruna Surfistinha é “escritora” e atriz pornô, e querendo ajudar meus amigos jornalistas do IG em suas próximas pautas, tenho duas sugestões:

Bruna Surfistinha analisa “Grande Sertão: Veredas”
Bruna Surfistinha detalha “Exercitando a Bundinha 4”

Sem comentários...


(Trilha Sonora: Anne McCue – Koala Motel)