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sexta-feira, abril 04, 2008

Os 100 Melhores Filmes de Todos os Tempos (Parte 10)

Todos lembram da final da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, que terminou com o Brasil campeão? Todos lembram do Galvão Bueno gritando e pulando como se não houvesse amanhã? Agarrado no Pelé? Pois bem. Imaginem Mário Reys ao lado de François Truffaut berrando a plenos pulmões: 'Acabou! Acabou! Acabou!'. É isso mesmo. Acabou. Chega ao Número Um a Lista Mário Reys dos 100 Melhores Filmes de Todos os Tempos. A vocês que passaram por aqui, muito obrigado. De coração. Não esqueçam de guardar esses filmes com carinho. São todos muito especiais. E sobre isso, em breve terei uma surpresa, cortesia de Daniela Noyori (ela outra vez). Mas vamos lá ao TOP 10!

O que será que vem por aí?


10.
"Cidadão Kane", de Orson Welles
(EUA, 1941)

Preciso dizer alguma coisa? Eu não vou aqui discutir quais razões fizeram de "Cidadão Kane" um filme tão imensamente importante. O fato é que "Cidadão Kane" é sim um filme imensamente importante, e que mudou o modo de fazer cinema. Simples assim.

09.
"A Noite", de Michelangelo Antonioni
(Itália/França, 1961)

Michelangelo Antonioni é o 'poeta da incomunicabilidade'. Os seus filmes retratam a solidão do mundo moderno. Ele foi muito além do 'alone' para tratar do 'lonely', de pessoas que, mesmo acompanhadas, sofrem com esses sentimentos de 'vazio'. As relações humanas, entre homens e mulheres principalmente, nunca foram tão bem exploradas como em "A Noite".

08.
"Lawrence da Arábia", de David Lean
(Inglaterra, 1962)

A obra-prima de David Lean. Um épico de guerra que ultrapassa qualquer barreira de gênero, com o homem em primeiro plano. Eu sou fascinado por "Lawrence da Arábia" há tempos (estou em boa companhia - Steven Spielberg também é). Por sua grandiosidade cheia de motivos, onde nada falta e nada sobra.

07.
"Persona", de Ingmar Bergman
(Suécia, 1966)

Pedro Almodóvar disse uma vez, em uma entrevista qualquer, que daria um braço para ter participado de "A Malvada". Eu daria um braço (e talvez até os dois) para ter participado de "Persona", que considero um dos melhores roteiros de todos os tempos. Meu atual sonho de consumo é um dia ter talento para escrever algo parecido. Ou melhor. Remotamente parecido, bem de longe...

06.
"A Doce Vida", de Federico Fellini
(Itália/França, 1960)

Eu sou obrigado a confessar que estou com algumas dificuldades para escrever sobre esses últimos dez filmes da lista... E sobre "A Doce Vida" em particular. Eu acho que não há muito o que dizer além de que estamos diante do maior clássico do cinema italiano em todos os tempos. E isso não é pouca coisa. Federico Fellini foi bem mais do que um cineasta. Ele foi um artista completo, incomparável.

05.
"Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha
(Brasil, 1964)

O Brasil só foi grande na época do Cinema Novo. Grande de verdade. Nos festivais ao redor do mundo havia alguém sempre esperto para ver os tupiniquins. Entre eles, Glauber Rocha, o melhor diretor que o Hemisfério Sul já conheceu, com lugar garantido entre os dez maiores de todos os tempos. "Deus e o Diabo na Terra do Sol" é o faroeste da fome, o western do sertão que sonha em virar mar. Arrisco dizer que o filme é a obra de arte mais importante produzida aqui no país...

04.
"O Poderoso Chefão", de Francis Ford Coppola
(EUA, 1972)

Francis Ford Coppola criou uma ópera sobre a formação do estado americano. Uma ópera contada (ou cantada) do mesmo jeito que os Estados Unidos nasceram, com o privado e o público vivendo em universos paralelos, sem interferências. A seqüência inicial, na festa de casamento, resume tudo: a alegria à luz do dia contrasta com a violência tramada no escuro dos escritórios.

03.
"2001: Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrick
(Inglaterra/EUA, 1968)

Apenas uma pessoa poderia ter adaptado um livro de Friedrich Nietzsche levando sua história para o espaço sideral. E com a tese intacta! Claro. Stanley Kubrick. Ao lado de Arthur C. Clarke, ele mostrou nosso passado (homem macaco), nosso presente (homem propriamente dito) e nosso futuro (super-homem). Somos, assim como na obra de Nietzsche, apenas uma transição entre o 'macaco' e o 'além do homem'.

02.
"O Sacrifício", de Andrei Tarkovsky
(Suécia/Inglaterra/França, 1986)

Antes de iniciar os projetos de seu novo filme, Andrei Tarkovsky descobre que está com câncer, e que vai morrer. Ele faz de seu próprio desespero um canto de amor à vida, com aquele velho fio de esperança para as próximas gerações. Um trabalho de uma leveza incrível, de um lirismo monumental. Os cinemas que exibem "O Sacrifício" não deveriam ter cadeiras normais, mas genuflexórios. Para ver de joelhos.

01.
"Magnólia", de Paul Thomas Anderson
(EUA, 1999)

Coisas estranhas realmente acontecem. E acontecem toda hora. As coincidências não existem. Não podem existir. A partir de linhas como essas, Paul Thomas Anderson escreveu um romance de contos modernos sobre as vidas de todos nós. Vidas que estão ligadas como em um sistema nervoso universal, inseridas em um mundo cada vez mais complexo, repleto de causas e conseqüências inesperadas.


Acabou! Acabou! Acabou! Acho que darei um tempo de listas...


(Trilha Sonora: R.E.M. - Accelerate)

8 Comments:

Blogger Simone Iwasso said...

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Eu sabia que A noite estaria - para o seu próprio bem e integridade física!

Magnólia primeiro? Hum... tudo bem, lista pessoal, não falarei nada.

Persona é genial - ficaria na dúvida entre ele e Gritos e Sussurros - mas foi bem escolhido, sim

Ai ai, mais só ao vivo mesmo,

Beijo!

1:35 PM  
Anonymous Anônimo said...

HuahuahuahuahuahuHUAHUAHAUHAUHAUAHuahuahauhauHAUHAUHAUAHUAHAUHHuahuahuahuahuahuHUAHUAHAUHAUHAUAHuahuahauhauHAUHAUHAUAHUAHAUHHuahuahuahuahuahuHUAHUAHAUHAUHAUAHuahuahauhauHAUHAUHAUAHUAHAUHHuahuahuahuahuahuHUAHUAHAUHAUHAUAHuahuahauhauHAUHAUHAUAHUAHAUH.
Ju.

10:06 AM  
Blogger Água... said...

Dessa lista toda eu concluí que:
1. Se não fosse pela trilha sonora, talvez Magnólia não estivesse na primeira posição.
2. Ainda preciso ver muitos filmes nessa vida.

10:12 AM  
Anonymous Anônimo said...

Melhor trilha sonora? Vá lá... Melhor filme de todos os tempos? Ah, Mário, depois dessa só falta você dizer que o Guga é o melhor tenista de todos os tempos. Francamente... Mas pelo o que eu te conheço, você fez só pra polemizar mesmo. Então tá. Beijão.

10:33 AM  
Anonymous Anônimo said...

Era tão óbvio que "Magnólia" seria o primeiro da SUA lista, como que eu não adivinhei???

Bjo.

11:06 AM  
Anonymous Anônimo said...

Gostei da coragem de colocar em primeiro um filme que provavelmente ninguém mais colocou, por um motivo que, acho, deveria nortear qualquer lista-de-um-homem-só: o aspecto emocional, a experiência pela qual o espectador passa e é “pessoal e intransferível”, que no final das contas importa muito mais do que os aspectos técnicos da película.
É por isso que no meu TOP 5 está um filme do mesmo diretor, Embriagado de Amor, e não está nem no TOP 50 o filme Deus e Diabo na Terra do Sol.

12:20 PM  
Anonymous Anônimo said...

"Magnólia" une suas duas paixões, né Mario? Cinema e Aimee Mann. rs Ótima escolha. É um belíssimo filme.

2:07 PM  
Blogger Camila Alam said...

Parece que Magnólia ainda vai gerar muita discussão! eu tbm ainda tenho minhas dúvidas...

4:58 PM  

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