Nome:
Local: São Paulo, São Paulo, Brazil

sábado, março 22, 2008

Os 100 Melhores Filmes de Todos os Tempos (Parte 7)

Coisa séria. Melhor ir direto ao assunto...


40.
"A Maçã", de Samira Makhmalbaf
(Irã/França, 1998)

Sou defensor do cinema iraniano, que considero subestimado. Sua hegemonia - a partir da década de 90 - revelou um movimento único, espontâneo, e que bebeu na fonte aberta por Jean Renoir, de onde jorrou todo o cinema moderno. Para escolher um título, fico com a formidável estréia de Samira Makhmalbaf, a filha (princesa) de Mohsen Makhmalbaf, então com apenas 21 anos.

39.
"Plataforma", de Jia Zhang-Ke
(China/Hong Kong/Japão/França, 2000)

Alguma dúvida que o melhor do cinema atual vem lá da Ásia? A China cresce e aparece. Cresce na economia e aparece com obras de arte como "Plataforma", um épico sobre um grupo mambembe de teatro em momentos de profundas mudanças sociais.

38.
"O Beijo da Mulher Aranha", de Hector Babenco
(Brasil/EUA, 1985)

Um cineasta argentino radicado no Brasil adapta o romance escrito por Manuel Puig: dois prisioneiros, companheiros de cela, em um presídio desses que conhecemos bem criam fantasias para escapar da realidade. Em raros momentos a América Latina produziu, no cinema e nas artes em geral, obra tão bela.

37.
"Moulin Rouge - Amor em Vermelho", de Baz Luhrmann
(Austrália/EUA, 2001)

O meu papo sobre a 'sustentabilidade do cinema como arte para as próximas gerações' tem tudo a ver com a aproximação com o público jovem, e de forma natural. Alguém faz isso melhor que o diretor Baz Luhrmann? E melhor que "Moulin Rouge"?

36.
"Cantando na Chuva", de Stanley Donen e Gene Kelly
(EUA, 1952)

A ruptura brusca (é a mais brusca da história da humanidade: morte e vida em menos de dois anos) do cinema mudo para o sonoro acabou com a carreira de muita gente. Mas rendeu "Cantando na Chuva". São quase duas horas de felicidade plena no melhor musical já feito. Remédio contra qualquer depressão.

35.
"Os Sonhadores", de Bernardo Bertolucci
(França/Inglaterra/Itália, 2003)

Uma ode ao cinema. Um filme saudosista para o bem, mas também amargo. "Os Sonhadores" (em outros países recebeu o título de "Os Inocentes", mas não no sentido legal, jurídico da palavra) é a utopia de Bernardo Bertolucci, olhando de volta para os anos 60 para compreender um pouco mais os turbulentos anos 2000.

34.
"Rocco e Seus Irmãos", de Luchino Visconti
(Itália/França, 1960)

Anton Tchecov, escritor e dramaturgo russo, autor de “Tio Vânia”, dizia que 'quem canta a sua aldeia, canta o mundo'. Luchino Visconti cantou a Itália dos pescadores sicilianos, a Itália da aristocracia e, claro, a Itália de famílias como a de Rocco e de seus irmãos.

33.
"Blade Runner - O Caçador de Andróides", de Ridley Scott
(EUA/Cingapura, 1982)

A década de 80 não seria a mesma sem "Blade Runner", dos maiores cult-movies de todos os tempos - apesar (e por causa) de seu reconhecimento tardio. Uma ficção científica daquelas com questões que nada têm a ver com ficção.

32.
"O Homem que Matou o Facínora", de John Ford
(EUA, 1962)

Print the legend! John Ford e John Wayne, juntos mais uma vez. E agora, de quebra, com James Stewart. Eu não preciso falar mais nada. Quando lendas são transformadas em fatos (ou unidas em filme), fique com a lenda. Esse filme é uma lenda.

31.
"Platoon", de Oliver Stone
(Inglaterra/EUA, 1986)

Realizadores de muitos filmes de guerra optam por manter uma certa distância ideológica, por sublimar a realidade, transformá-la em contos de heroísmo. Ou optavam. Até Oliver Stone romper com a escrita e mergulhar de corpo e alma no horror e na irracionalidade dos combates no Vietnã.


No próximo fim de semana (ou em breve), os 30 melhores filmes de todos os tempos.


(Trilha Sonora: Ana Cañas - Amor e Caos)

1 Comments:

Blogger Simone Iwasso said...

Tenho muita dificuldade em fazer listas, por mais assumidamente pessoais que sejam, ou objetivamente baseada em critérios pré-estabelecidos, sempre acho que falta alguma coisa. Mas a sua tá interessante - tem os clássicos do cinemão, agnés varda (maravilhosa), o cinema asiático e representantes da nova geração de cineastas. Não sei o que virá nos próximos 30, mas to sentindo falta de antonioni (mestre), bergman, truffaut. Enfim, lembranças.

Beijo!

7:58 PM  

Postar um comentário

<< Home