Eu Compro!
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo está de volta, exatamente um ano após a criação deste singelo blog. A 31ª edição, que vai ter seus ingressos vendidos a partir do próximo sábado, começa no dia 19 de outubro. Duas semanas inteirinhas dedicadas ao cinema. E eu estarei de férias! Oba! :)
Antes de falar sobre os filmes, gostaria de destacar o cartaz, assinado agora por Hector Babenco. Ele rompe com um padrão de anos e mais anos e faz uma foto (ao lado), onde é um homem comum, um cineasta, um personagem, um daqueles homens-sanduíche que compram ouro. Quantas vezes na história da sétima arte, grandes diretores tiveram de fazer coisas parecidas para levar suas idéias às telas?
A pegada deste breve texto é meio brega. Mas o que podemos fazer, não é? Hector Babenco passou toda a sua carreira fazendo o inverso de seu reflexo. Ele passou toda a sua carreira distribuindo ouro, ou vendendo por preços bem competitivos. Eu comprei, compro e vou continuar comprando. Depois de Glauber Rocha, Hector Babenco é o melhor cineasta brasileiro de todos os tempos, sem muito espaço para discussão. Sua obra é um primor.
No dia 25 de novembro do ano passado, escrevi uma nota simples sobre Werner Herzog, afirmando que "seu cinema trata de dois temas principais: o homem privado do convívio normal com a sociedade e a obsessão e suas conseqüências". O cinema de Babenco tem as mesmas características, mas com algumas diferenças. Herzog parte de estímulos externos - impostos pela 'sociedade' - para tratar da capacidade humana de reagir, seja lá de que maneira, da introspecção ("Stroszek") ao martírio ("Fitzcarraldo"). Babenco também parte de estímulos externos - sem imposição -, e voltados para o interior, para dentro do indivíduo. São expressões mais "solitárias", de "O Beijo da Mulher Aranha" a "Ironweed".
Talvez seja por isso que seus filmes têm um impacto tão profundo e tão duradouro. Ao tratar de questões inerentes ao homem, algumas escondidas em nosso inconsciente e outras renegadas no consciente, Babenco revela a formação do humano.
E Viva Babenco!
(Trilha Sonora: Emma Pollock - Watch The Fireworks)
Antes de falar sobre os filmes, gostaria de destacar o cartaz, assinado agora por Hector Babenco. Ele rompe com um padrão de anos e mais anos e faz uma foto (ao lado), onde é um homem comum, um cineasta, um personagem, um daqueles homens-sanduíche que compram ouro. Quantas vezes na história da sétima arte, grandes diretores tiveram de fazer coisas parecidas para levar suas idéias às telas?
A pegada deste breve texto é meio brega. Mas o que podemos fazer, não é? Hector Babenco passou toda a sua carreira fazendo o inverso de seu reflexo. Ele passou toda a sua carreira distribuindo ouro, ou vendendo por preços bem competitivos. Eu comprei, compro e vou continuar comprando. Depois de Glauber Rocha, Hector Babenco é o melhor cineasta brasileiro de todos os tempos, sem muito espaço para discussão. Sua obra é um primor.
No dia 25 de novembro do ano passado, escrevi uma nota simples sobre Werner Herzog, afirmando que "seu cinema trata de dois temas principais: o homem privado do convívio normal com a sociedade e a obsessão e suas conseqüências". O cinema de Babenco tem as mesmas características, mas com algumas diferenças. Herzog parte de estímulos externos - impostos pela 'sociedade' - para tratar da capacidade humana de reagir, seja lá de que maneira, da introspecção ("Stroszek") ao martírio ("Fitzcarraldo"). Babenco também parte de estímulos externos - sem imposição -, e voltados para o interior, para dentro do indivíduo. São expressões mais "solitárias", de "O Beijo da Mulher Aranha" a "Ironweed".
Talvez seja por isso que seus filmes têm um impacto tão profundo e tão duradouro. Ao tratar de questões inerentes ao homem, algumas escondidas em nosso inconsciente e outras renegadas no consciente, Babenco revela a formação do humano.
E Viva Babenco!
(Trilha Sonora: Emma Pollock - Watch The Fireworks)
2 Comments:
Um dos maiores cineastas brasileiros não nascidos no Brasil, hehehe... Mas concordo, apesar de ter odiado carandiru...
Unfortunately I don't understand Portuguese but I know you :). Send you some wishes from Switzerland Fabienne :)
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