Nome:
Local: São Paulo, São Paulo, Brazil

quinta-feira, maio 03, 2007

Eu Quero Ser o Pateta!

A história corria quase como um dos vários mitos do cinema. Até que a imprensa americana divulgou que era tudo verdade. E de mito passou logo a ser uma das práticas empresariais mais debatidas nos Estados Unidos. A Disney é uma fábrica que vende sonhos, que cria fantasias. É um negócio, portanto, altamente emocional. Como levar essa magia aos novos executivos? Como fazê-los entender a marca Disney e o que ela representa? Fácil. Basta colocá-los na pele do Pato Donald, do Mickey ou do Pateta, direcioná-los a um dos diversos parques e deixá-los ali, em um divertido corpo-a-corpo com a criançada. Na Disney é assim, seja você o presidente, o diretor de finanças ou o gerente de operações: o seu dia de Pateta vai chegar.

O jornalista James B. Stewart, por exemplo, também teve seu dia de Pateta. Ele é o autor do livro “Disney War”, que fala sobre “a guerra pelo controle da maior empresa de entretenimento do mundo”. Pois bem. Como queria mergulhar nos bastidores, James foi submetido à prática. E ele foi o Pateta! Seu relato é lindíssimo. Segue:

“- Abrace o Pateta! – diz uma voz de adulto. A garota parece um pouco temerosa, mas Pateta estende o braço e ela se encosta nele. Ele a abraça delicadamente. Então, por um momento, Pateta enxerga com clareza o rosto da menina. A timidez passou, seus olhos aumentam de prazer, seu rosto resplandece. Ela se estica e dá um beijo no focinho do Pateta.

Os flashes espoucam. Pateta gostaria de erguer a pata para enxugar as lágrimas que subiram repentinamente a seus olhos. (...) O momento em que a apreensão de uma criança desaparece, sendo substituída por admiração e prazer, é no que a maioria dos funcionários da Disney pensa quando usa a palavra “magia” para descrever seu trabalho. (...) Pateta é real, é claro. Ele era real para aquela garota, e naquele momento era real para mim. Eu não era mais um autor e jornalista vestindo camadas de enchimento e pele falsa. Eu era o Pateta. (...) Depois que você vê o rosto daquelas crianças, nada mais é igual.”



EU QUERO SER O PATETA!


(Trilha Sonora: Melissa Ferrick – Massive Blur)

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Que buni... ;)

7:34 PM  

Postar um comentário

<< Home