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sábado, outubro 21, 2006

Babel

No post "Ang Lee, 'Crash' e a Crítica Brasileira", apontava os resultados do último Oscar como o sinal definitivo da morte dos filmes e, por consequência, da crítica de cinema. Mas há agora, apenas um ano depois do fiasco, uma clara chance de redenção. Que o Oscar de Melhor Filme seja entregue para "Babel" e o de Melhor Diretor, para Alejandro González Iñárritu. Acho pouco provável que qualquer outra produção atual consiga atingir o nível de apuro estético de "Babel", e com toda a intensidade de sua carga emocional.

"Babel" encerra de maneira devastadora a trilogia que começou com "Amores Brutos" e passou por "21 Gramas". Em todos, há sempre três vértices. Em "Amores Brutos", um único ponto (o centro - o acidente automobilístico) nos leva a acompanhar três dramas distintos, mas com fatos em comum. Em "21 Gramas", um outro acidente automobilístico faz com que três vidas sejam direcionadas para um único ponto (o centro). Em "Babel", o centro (o presente de um caçador a seu guia - na foto, o resultado) tem seus efeitos irradiados aos três vértices como ondas provocadas por uma pedra em um lago.

Olhem só:

"Amores Brutos" - O acidente é ponto de partida para três histórias distintas
"21 Gramas" - O acidente leva à convergência de três vidas para uma só história
"Babel" - O "acidente" é propagado de forma a afetar os três diferentes núcleos em três diferentes histórias que repercutem entre si

"Babel" é o melhor trabalho de Alejandro González Iñárritu como diretor. É também o melhor texto já escrito por seu parceiro de trilogia, o roteirista Guillermo Arriaga.

E, para encerrar, o melhor filme que vi em muitos anos...

A nota é 10!


(Trilha Sonora: Silêncio. Por respeito.)

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Adorei amigo!!!! Quero muito ver esse filme. Seu blog está demais!! Vou indicar no meu. Beijocas full. Marimari.

5:50 PM  

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