O Novo Mundo - Terrence Malick

Malick é assim mesmo. Um cineasta bissexto. E recluso. Não aparece em festivais, entregas de prêmios, fotos ou imagens de bastidores. Também não dá entrevistas. Uma figura tão difícil quanto talentosa. Mas, enfim, vamos ao filme.
A crítica*, na época do lançamento, foi quase unânime em dizer que "O Novo Mundo" não tinha nada de especial. Não concordo. A produção é, sim, ingênua. O choque entre as civilizações parece ser um tanto óbvio. Os primeiros 40 minutos estão dedicados a mostrar quão fantástico é o tal "novo mundo", uma utopia real. Depois passa a destruir o mito da civilidade (?) do homem moderno.
Mas deixemos de lado as implicações antropológicas do filme. Eliminando a ingenuidade e a obviedade, Malick oferece tudo o que se poderia esperar dele. Grandes planos gerais, compostos com a maestria de sempre, montados em longas seqüências, o que reforça a experiência visual única de seus trabalhos. Tudo embalado por uma produção cuidadosa (com exceção do figurino indígena, correto demais) e performances bem convincentes.
Por enquanto, sem pensar muito, e ainda sob o impacto inicial, é isso.
Belo filme. De 0 a 10, leva um 7,75. :0)
Mas é o pior dos Malicks que vi. Em ordem: "Cinzas no Paraíso" (impecável!), "Além da Linha Vermelha" (primoroso!) e "O Novo Mundo" (quase lá!).
Acima, o pôster teaser. Dizem por aí que os índios olharam para o mar e não viram os navios que chegavam. Simplesmente porque tais imagens não faziam parte de seu repertório cultural. Será?
* A crítica de cinema é burra! Volto ao assunto em breve...
(Trilha Sonora: Mia Doi Todd - The Golden State)
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